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Na incipiência do estudo jurídico, danos morais

Incipiente e insipiente estudante de direito, a destempo, frise-se, tendo militado na seara religiosa por 20((vinte) anos no serviço sacerdotal, comparando a realidade religiosa e a realidade jurídica, percebo que o meio religioso anda esquecendo-se de uma coisa: ética (do ponto de vista teórico, oh, oh, oh!!! É uma reflexão para se admirar, mas na prática, os comandos normativos são outros, eivados de preconceitos, picuinhas, ofensas à honra do outro, ao seu bom nome). Se formos olhar, na doutrina jurídica, o que é dano moral, nesse diapasão, impende destacar o entendimento do ínclito Maurício Godinho Delgado que aduz, "verbis": "Dano moral corresponde  a toda dor psicológica ou física injustamente provocada em uma pessoa humana. Ou, (...), é todo sofrimento humano que não é causado por uma perda pecuniária.
[...] 
Dano à imagem é todo prejuízo ao conceito, valoração e juízo genéricos que se tem ou se pode ter em certa comunidade.
[...]
Ressalte-se que tanto a higidez física, como a mental, inclusive emocional, do ser humano são bens fundamentais de sua vida privada e pública, de sua intimidade, de sua autoestima e afirmação social e, nesta medida, também de sua honra. São bens, portanto, inquestionavelmente tutelados, regra geral, pela Constituição (art. 5º, V e X). "(Curso de direito de trabalho. 13 ed. - São Paulo: LTr, 2014, p. 643-644.
O texto é esclarecedor. Quantos danos morais os que se dizem religiosos cometem? Dizem que são de Deus, mas não se deixam guiar pelo que Deus diz. É uma espécie de poder. Faço assim, porque quero. As retaliações são sumárias no âmbito religioso. Arrumam-se piedosas motivações para massacrar o outro.
Ainda que não morramos de amor pelo outro, mas uma regra básica que aprendi não na igreja, pelo contrário, desaprendi, é o respeito pelo outro. 
Quantos danos à imagem? E há, na ambiência religiosa, a irrecorribilidade das decisões. 
Um exercício simples, quando alguém está falando de você: Quem fala de mim? Quem é esta pessoa? Seu perfil, não o do face, mas o do comum da vida. Haveremos de ver que é um ser que precisa ser e ainda mais, muitas vezes, faz-se projeção (o que digo do outro estou, na verdade bem verdadeira,  dizendo de mim mesmo).
Quantos sofrimentos provocamos e cantamos vitórias, se alcançamos o resultado da ação maléfica. 
Vejo tantas contradições que enxergo mais teatro, mais ceninhas de frescura do que de amor ao próximo, amor que se traduz no respeito. 
Podemos perceber quantos prejuízos, podemos promover, ao conceito do outro e oh! oh! oh! como é comum no meio religioso. De energia ruim não sinto nenhum pouquinho de falta.
Fortaleça-se, naqueles que querem viver e ser felizes efetivamente, o respeito pelo outro.
(Continuarei...)
Edson Lira

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