Respeito é bom
Autor: Larissa Tâmara De Melo
Ao respeito entre os seres, onde não há mais ou menos importantes, bem-estar mais ou menos relevante, onde ninguém é secundário, ninguém é subalterno, ninguém é coisa, mas um semelhante.
Que se respeitem minhas opiniões, que se respeitem meus sentimentos, que se respeitem minhas "verdades" e minhas decisões ! Não peço que os acatem, incorporem ou sigam. Não espero que concordem com eles, que os assinem em baixo ou os aprovem. Não preciso que sejam legitimados por quem não mora em mim e não sofre suas consequências. Não dependo desse aceno positivo para minha segurança - não sou mais criança !... Nem da aceitação alheia para que me sinta validada. Minha auto-estima vai bem; obrigada ! Não se apóia num amontoado de sintomas de carência.
Quem deve dirigir nossa vida ? Quem deve definir o que é importante, o que vale mais a pena na vida de alguém ? Quem estabelece valores e prioridades; quem assiste de fora, observa distante, com informações pela metade, talvez tendenciosas, possivelmente distorcidas ?
Se não sou eu quem deve escolher os seus caminhos, então por que acreditar-se no direito de julgar o que só me diz respeito ?
Definam, estejam certos primeiro de suas próprias necessidades, convençam-se antes de seus próprios valores... e os exercitem. Deixem de simplesmente apontar o dedo adiante e voltem o olhar também para si.
Abdiquem do discurso que critica o outro para a ação que muda a si mesmo. Busquem respostas e certezas não em preconceitos, mas num interior mais profundo, antes de sentenciar alguém. E se não concordarem com o que observam, façam diferente, façam melhor, evidenciem em ações o que apregoam!
Mas pensem bem, reflitam se não se acomodam oferecendo esmolas ! Pensem se seu assistencialismo não é limitante, se não é, sim, um calmante para a própria consciência ! Avaliem se realmente ajudam passando a mão sobre a cabeça de quem quer que seja, validando suas aparentes limitações ao invés de tentar reduzi-las. Será que buscar expandir suas possibilidades não seria de maior valia ?! Será que estimular a autonomia, tentar reduzir a dependência não seria uma ajuda mais consistente ?! Não andar pelas próprias pernas apequena muito nosso universo ! A dependência, qualquer que seja, nos reduz e nos consome.
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Perfil do Autor
Auditora Fiscal da Receita Federal, Pós Graduada em Direito pela USP, Bacharel em Psicologia pela UNIMAR. Atua em diversas palestras, nacionais e internacionais na área criminalística, previdenciária, penal e civil.
Psicoterapia individual de crianças, adolescentes e adultos.
Psicoterapia familiar.
Psicoterapia conjugal.