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Mostrando postagens de julho, 2018

Para que serve a filosofia?

"Quando alguém pergunta para que serve a filosofia, a resposta deve ser agressiva, visto que a pergunta pretende-se irônica e mordaz. A filosofia não serve nem ao Estado, nem à Igreja, que tem outras preocupações. Não serve a nenhum poder estabelecido. A filosofia serve para entristecer. Uma filosofia que não entristece a ninguém e não contraria ninguém, não é uma filosofia. A filosofia serve para prejudicar a tolice, faz da tolice algo de vergonhoso. Não tem outra serventia a não ser a seguinte: denunciar a baixeza do pensamento sob todas as suas formas (...) . "Deleuze in Nietzsche e a Filosofia."

“Não te rendas” -- Mario Benedetti

Não te rendas, ainda estás a tempo de alcançar e começar de novo, aceitar as tuas sombras enterrar os teus medos, largar o lastro, retomar o voo. Não te rendas que a vida é isso, continuar a viagem, perseguir os teus sonhos, destravar os tempos, arrumar os escombros, e destapar o céu. Não te rendas, por favor, não cedas, ainda que o frio queime, ainda que o medo morda, ainda que o sol se esconda, e se cale o vento: ainda há fogo na tua alma ainda existe vida nos teus sonhos. Porque a vida é tua, e teu é também o desejo, porque o quiseste e [...], porque existe o vinho e o amor, porque não existem feridas que o tempo não cure. Abrir as portas, tirar os ferrolhos, abandonar as muralhas que te protegeram, viver a vida e aceitar o desafio, recuperar o riso, ensaiar um canto, baixar a guarda e estender as mãos, abrir as asas e tentar de novo celebrar a vida e relançar-se no infinito. Não te rendas, por favor, não cedas: mesmo que o frio queime, mesmo que o medo morda, mesmo que
A frase  "A que não obrigas tu os corações dos mortais, ó maldita fome de ouro!" foi escrita por Virgílio na  Eneida  e refere-se à crueldade de Polinestro.
"VOSSA EXCELÊNCIA BEM SABE: NO MEIO DE GALINHAS, AS BARATAS NÃO TÊM RAZÃO". (José Crioulo, em 1851, sentenciado à morte por matar o seu senhor, que o espancava. A legítima defesa não valia para escravos.)

A pobreza que enriquece

« Felizes os pobres em espírito, porque deles é o reino dos Céus» (Mt 5,3). […] Depois do Senhor, os primeiros a dar-nos exemplo desta pobreza generosa foram os apóstolos. Deixando sem hesitar todos os seus bens ao ouvirem o chamamento do Divino Mestre, converteram-se alegremente e abandonaram a pesca de peixes para se tornarem pescadores de homens (Mt 4,18s). Entre estes homens, foram muitos os que se lhes assemelharam, imitando a sua fé; os primeiros filhos da Igreja «tinham um só coração e uma só alma» (At 4,32). Despojados de todas as suas posses, tinham sido enriquecidos com bens eternos graças à santa pobreza. Acolhendo a pregação dos apóstolos, alegravam-se por nada terem neste mundo e tudo possuírem em Cristo (cf 2Cor 6,10). Certo dia em que o apóstolo Pedro subia ao Templo, houve um coxo que lhe pediu esmola. «Não tenho ouro nem prata», respondeu-lhe Pedro, «mas dou-te o que tenho: em nome de Jesus de Nazaré, levanta-te e anda» (At 3,6). […] Pedro curou-o com a sua palavra.

“Decálogo para ler a Bíblia com proveito”

“Decálogo para ler a Bíblia com proveito” 1. Nunca achar que somos os primeiros que leram a Santa Escritura. Muitos, muitíssimos, através dos séculos, a leram, meditaram, viveram e transmitiram. Os melhores intérpretes da Bíblia são os santos. 2. A Escritura é o livro da comunidade eclesial. Nossa leitura, ainda que seja em solidão, jamais poderá ser solitária. Para lê-la com proveito, é preciso inserir-se na grande corrente eclesial que é conduzida e guiada pelo Espírito Santo. 3. A Bíblia é “Alguém”. Por isso, é lida e celebrada ao mesmo tempo. A melhor leitura da Bíblia é a que se faz na Liturgia. 4. O centro da Sagrada Escritura é Cristo; por isso, tudo deve ser lido sob o olhar de Cristo e buscando n’Ele seu cumprimento. Cristo é a chave interpretativa da Sagrada Escritura. 5. Nunca esquecer de que na Bíblia encontramos fatos e frases, obras e palavras intimamente unidas umas às outras; a Palavra anuncia e ilumina os fatos, e os fatos realizam e confirmam a Palavra. 6. Uma man
"A uns, nenhum deslize se permite. A outros, até a maior atrocidade se tolera. Nuns casos, a mais leve suspeição transforma-se logo na mais impiedosa condenação. Noutros casos,nem a maior transgressão atrai a mais leve anotação. É caso para ficar na dúvida. Será que aquilo que nos mostram é a realidade ou a animosidade? O que, por vezes, sobressai não é o que acontece, mas o que apetece. A uns dedica-se toda a protecção. Sobre outros despeja-se todo o ódio. O nosso mundo não é para entender. Muitas vezes, é um peso para suportar. Valha-nos o divino Cireneu. Aquele que vê tudo fará com que a verdade se veja. E a justiça se faça!" P J Antonio 
"Quem poderia imaginar que depois do século XXI viria logo a seguir o século XI?" "A essência do fanatismo reside no desejo de forçar outras pessoas a mudar. (...) O fanático é a menos egoísta das criaturas. O fanático é um grande altruísta. Frequentemente, o fanático está mais interessado em você do que nele mesmo. Ele quer salvar sua alma, quer te redimir, quer te livrar do pecado, do erro, de fumar, de sua fé ou de sua falta de fé, quer melhorar seus hábitos alimentares, o u te curar da bebida ou de sua preferência na hora de votar. O fanático se importa muito com você, ele está sempre pulando no seu pescoço porque te ama de verdade, ou então está em sua garganta caso demonstre ser irrecuperável. E seja qual for o caso, falando topograficamente, pular em seu pescoço ou estar em sua garganta é quase o mesmo gesto." "Nunca vi em minha vida um fanático com senso de humor (...) Alguns deles têm um senso de sarcasmo muito agudo, mas não de humor". Tr

Processos judiciais - parlamentares alagoanos

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Viva meu padim!

A PRIMEIRA REGRA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS

Amemos todos o Senhor nosso Deus com todo o nosso coração, com toda a nossa alma, com todo o nosso espírito, com tod o o nosso poder e coragem, com toda a nossa inteligência, com todas as forças, com todo o nosso esforço, com todo o nosso afecto, com as nossas entranhas, com todo o nosso desejo, com toda a nossa vontade. Ele deu-nos e continua a dar-nos o corpo, a alma e a vida; Ele criou-nos e resgatou-nos; salvar-nos-á apenas por sua misericórdia; apesar das nossas fraquezas e das nossas misérias, das nossas vilanias e das nossas vergonhas, das nossas ingratidões e da nossa maldade, Ele só nos fez e faz o bem. Não tenhamos portanto outro desejo, nem outra vontade, outro prazer e outra alegria que não seja o nosso Criador, Redentor e Salvador, o único verdadeiro Deus que é o bem pleno, inteiro, total, verdadeiro e soberano; o único que é bom, misericordioso e amável, indulgente e manso; só Ele é santo, justo, verdadeiro e recto; só Ele é benevolente, inocente e puro; dele, por Ele

São Basílio, o Grande (c. 330-379) Homilia 6, sobre as riquezas; PG 31, 261ss.

"Que hei de fazer? Onde encontrarei que comer? Que vestir?" Eis o que diz este rico. O seu coração sofre, a inquietação devora-o, porque aquilo que regozija os outros acabrunha o avarento. O fato de ter os celeiros cheios não é para ele motivo de felicidade. O que atormenta dolorosamente a sua alma é esse excesso de riquezas, transbordando dos seus celeiros. […] Considera, homem, quem te cumulou com a sua generosidade. Reflete um pouco sobre ti mesmo: quem és tu? O que te foi  confiado? De quem recebeste esse cargo? Porque foste tu escolhido, em detrimento de muitos outros? O Deus de bondade fez de ti seu administrador; és responsável pelos teus companheiros de trabalho: não penses que tudo foi preparado apenas para ti! Dispõe dos bens que possuis como se eles pertencessem aos outros. O prazer que eles te proporcionam dura pouco, em breve te escaparão e desaparecerão, mas ser-te-ão pedidas contas rigorosas. Ora, tu guardas tudo, tens portas e fechaduras bem cerradas; e emb

La Civiltà Cattolica: os perigos de um Evangelho que coloca Deus a nosso serviço

Corrente neopentecostal evangélica, a “teologia da prosperidade” difundiu-se nos EUA onde nasceu, mas também nos outros continentes, e funda suas raízes na convicção de que “Deus quer que seus fiéis tenham uma vida próspera, isto é, que sejam ricos do ponto de vista econômico, sadios do ponto de vista físico e individualmente felizes”. Os jesuítas Antonio Spadaro e Marcelo Figueroa ilustram o fenômeno – sobre o qual o Papa Francisco se pronunciou reiteradas vezes indicando seus perigos – na prestigiosa revista da Companhia de Jesus “La Civiltà Cattolica”, em sua edição do próximo sábado, 21 de julho. “Esse tipo de cristianismo coloca o bem-estar do crente no centro da oração, e faz de seu Criador aquele que realiza os pensamentos e desejos do fiel”, observam os religiosos jesuítas. Perigo de transformar Deus num poder a nosso serviço Trata-se de um “antropocentrismo religioso” que corre o risco de “transformar Deus num poder a nosso serviço” e faz referência “ao chamado  Ameri

COMPAIXÃO: compartilhar a mesma humanidade

No evangelho deste domingo(16º dom do Tempo Comum), contemplamos Jesus olhando a realidade para além da superfície evidente de abandono em que vive o povo, até chegar a outra dimensão mais profunda onde descobre o rosto de um Pai compadecido, que sofre o abandono e a dor de seus filhos e filhas. Jesus olha e vê. Esse é o primeiro passo. Não desvia de seus olhos a realidade dura de seu povo. “Contemplava”, ou seja, olhava atentamente, uma e outra vez, pousava o olhar sobre a crosta ressecada e sem beleza provocada por golpes mal curados. E, nesse primeiro olhar, vê a miséria da multidão dispersa frente a ausência de verdadeiros pastores que cuidassem de suas ovelhas; vê as mordidas mal cicatrizadas dos lobos. Desse primeiro olhar nascem a compaixão, a misericórdia. Seu coração sensível deixa-se afetar pela miséria e abandono de seu povo.  Como em outras passagens do Evangelho, Jesus muda o plano do dia de descanso com seus discípulos para acolher a dor das pessoas que surge de repent

CÂNTICO VI - TU TENS UM MEDO

Tu tens um medo:  Acabar.  Não vês que acabas todo dia.  Que morres no amor.  Na tristeza.  Na dúvida.  No desejo.  Que te renovas todo dia.  No amor.  Na tristeza.  Na dúvida.  No desejo.  Que és sempre outro.  Que és sempre o mesmo.  Que morrerás por idades imensas.  Até não teres medo de morrer.  E então serás eterno. CECÍLIA MEIRELES  In: Cânticos, 1982 

A Oração Dominical (Pai Nosso)

O Pai-Nosso é chamado de oração dominical? I. As cinco qualidades requeridas para todas as orações. 1. — A Oração Dominical (Pai Nosso), entre todas, é a oração por excelência, pois possui as cinco qualidades requeridas para qualquer oração. A oração deve ser: confiante, recta, ordenada, devota e humilde. 2. — A oração deve ser confiante, como São Paulo escreve aos Hebreus (4, 16): Aproximemo-nos com confiança do trono da graça, a fim de alcançar a misericórdia e achar graça para sermos socorridos no tempo oportuno.  A oração deve ser feita com fé e sem hesitação, segundo São Tiago. (Tg 1,6): Se algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus... Mas peça-a com fé e sem hesitação. Por diversas razões, o Pai Nosso é a mais segura e confiante das orações. A Oração Dominical é obra de nosso advogado, do mais sábio dos pedintes, do possuidor de todos os tesouros de sabedoria (cf. Cl 2, 3), daquele de quem diz São João (I, 2, 1): Temos um advogado junto ao
Quando alguém lhe disse que uma pessoa falara mal dele, Sócrates respondeu: "É natural, é que ele ainda não aprendeu a falar bem!" citado por Diógenes Laertios em Vidas e Doutrinas dos Filósofos Ilustres
" Aprendei a valorizar as atitudes injustificadas, os gestos inexplicáveis, as ações infundadas, o entusiasmo absurdo... Não busqueis o princípio de uma coisa,  a causa, o motivo. Que o abandono surja de um sacrifício espontâneo, para além da alegria e da dor.Quanto menos motivos tenhais para justificar um ato, tanto mais generoso e puro será. O ato absurdo é a expressão da maior das liberdades." Emil Cioran, O Livro das Ilusões

MODOS DE PERDOAR

Hoje marca o que teria sido o 100º aniversário de Nelson Mandela.

A vida de Nelson Mandela é um cúmulo de ensinamentos imperecíveis. Como quando nos dizia: «Estás nas vossas mãos fazer do mundo um mundo melhor». Para isso, é mister respeitar a identidade de cada um. Daí a sua confissão: «Eu prezo muito a minha liberdade, mas prezo ainda mais a vossa». É que «eu só sou um ser humano se tu fores um ser humano. Eu só sou um ser humano se for humano contigo»
O Ensino só chega a indicar o caminho e a viagem; mas a visão será daquele que vai querer ver. Plotino, Eneadas
Porque alguns perderam o respeito e o pudor, estamos todos a perder a segurança, a liberdade e demais referências vitais. O que outrora nos estranhava, agora entranhou-se. O grande Santo Agostinho já se apercebera deste transtorno: «De tanto tudo ver acaba-se por tudo suportar, de tanto tudo suportar acaba-se por tudo tolerar, de tanto tudo tolerar acaba-se por tudo aceitar, de tanto tudo aceitar acaba-se por tudo aprovar» . Há coisas em que o melhor é não começar. «Obsta principiis», recomendavam os antigos. Não nos resignemos aos factos. Um mundo novo (e muito melhor) ainda é possível!

ORAÇÃO CONTEMPLATIVA

ORAÇÃO CONTEMPLATIVA "A única coisa a procurar na oração contemplativa é Deus, e o procuramos com êxito quando compreendemos que não o podemos encontrar se ele  não se manifestar a nós e que, no entanto, ele não nos inspiraria buscá-lo se não o houvéssemos já encontrado." (Na liberdade da solidão, Thomas Merton (Editora Vozes), 7ª Ed. 2014, pág. 44 e 45)

Onde está o silêncio? Onde está a solitude? Onde está o Amor?

“Onde está o silêncio? Onde está a solitude? Onde está o Amor? Definitivamente, eles não podem ser encontrados em lugar nenhum, exceto na base de nosso próprio ser. Lá, nas profundezas silenciosas, não há mais distinção entre o Eu e o Não-Eu. Há perfeita paz, porque estamos assentados no Amor infinito, criativo e redentor. Lá nós encontramos Deus, a quem nenhum olho pode ver, e em Quem, como diz São Paulo, 'nós vivemos e nos movemos e temos nosso ser' (Atos 17,28).” Thomas Merton, "Amor e Vida", Martins Fontes 2004, pág. 21 / "Love and Living", A Harvest Book - Harcourt, Inc., pág. 20.

Umberto Eco faz uma lista das 14 características comuns do fascismo

1- O culto da tradição.  “É preciso olhar para o programa de todos os movimentos fascistas para encontrar os principais pensadores tradicionalistas. A gnose nazi foi alimentada por elementos tradicionalistas, sincretistas e ocultos “. 2 – A rejeição do modernismo.  “O Iluminismo, a Era da Razão, é visto como o início da depravação moderna. Neste sentido, o Ur-Fascismo pode ser definido como irracionalismo”. 3 – O culto da ação por ação.  “Ação sendo bonita em si, deve ser tomada antes, ou sem, qualquer reflexão anterior. Pensar é uma forma de emasculação “. 4 – O desacordo é traição.  “O espírito crítico faz distinções, e distinguir é um sinal de modernismo. Na cultura moderna, a comunidade científica elogia o desacordo como forma de melhorar o conhecimento “. 5 – Medo da diferença.  “o primeiro apelo de um movimento fascista ou prematuramente fascista é um recurso contra os intrusos. Assim, o seu fascismo é racista por definição. ” 6 – Apelo à frustração social.  “uma das c
" A maldade engendra os próprios tormentos: 'o mal recai em quem o faz'. Assim a vespa, ao picar, perde o ferrão e com este as suas forças, para sempre: 'deixa a vida no ferimento que provoca'. " Michel de Montaigne - Ensaios
Padre António Vieira: «As varas do poder, quando são muitas, elas mesmo se comem, como famintas sempre de maiores postos»

Um profeta

"Um profeta, ouvimos na Missa deste Domingo, nunca é bem recebido na sua terra. S. João, falando de Jesus, assinala que Ele veio para o que era Seu e os Seus não O receberam. No fundo, Jesus não escapa à experiência que fazemos muitas vezes. Sentimos que estamos longe de quem está perto e perto de quem está longe. E, como é óbvio, este «perto» e este «longe» não são magnitudes físicas ou estâncias geográficas. Os que muito falam de Jesus são, por vezes, os que mais longe estã o da Sua mensagem, da Sua simplicidade, do Seu amor pelos pobres. Os maiores bloqueios à doutrina de Cristo são, quase sempre, internos. Somos convidados a subir as escadas das igrejas. Mas não esqueçamos o apelo de Jesus no momento em que as descermos. Cristo está no templo. Mas não deixa de estar no tempo. Ele está na rua. De mão estendida. Em carne e osso, às vezes mais em osso que carne. Jesus grita no clamor dos pobres! Um profeta está no meio de vós. Um profeta não é um simples mestre, nem u

O fundamentalista ilustrado e o teólogo pensante

"O fundamentalista ilustrado não se arrisca ao tomar uma posição. Sua posição é determinada por uma autoridade de fora a qual ele segue e a partir da qual justifica suas posições, colocando a responsabilidade sobre o que tal “fonte de autoridade” disse. Desse modo, ele não precisa lidar com o ônus das consequências de seu discurso ou de suas escolhas porque ele fez o que lhe disseram que era para fazer. O fundamentalista ilustrado busca certezas e segurança, por isso precisa de uma instância na qual se apoiar. Com a facilidade de acesso à informação, ele se cerca de todo conhecimento possível para lhe garantir essa segurança e para poder se defender de tudo o que possa ameaçar suas certezas. Por isso ele é uma pessoa ilustrada, dotada de conhecimentos diversos, com leituras e informações sobre vários assuntos, para poder se sentir seguro." https://augustolivio.blogspot.com/2018/07/o-fundamentalista-ilustrado-e-o-teologo_8.html?spref=fb
solem enim ē mundō tollĕre vidēntur, quī amicitiam ē vitā tollunt. M. Tullius Cicĕro, LÆLIVS DĒ AMICITIĀ 47, 1 "parece que suprimem o sol do mundo os que suprimem a amizade da vida". Marco Túlio Cícero

NOTA DO CONSELHO FEDERAL DA OAB SOLICITANDO PROVIDÊNCIAS CONTRA OS RESPONSÁVEIS PELA ILEGALIDADE DA PRISÃO DO ADVOGADO SÁVIO DELANO EM PERNAMBUCO

http://www.oab.org.br/noticia/56488/oab-nacional-requer-providencias-ao-governo-de-pernambuco-por-prisao-arbitraria-de-advogado
Questionar é próprio do ser humano cuja característica é ser na historia. O ser humano produz sua própria sobrevivência. Ser histórico é entender que existe um fluxo. Tudo muda o tempo todo.  "Uma vida sem reflexão não merece ser vivida" - Sócrates. A injustiça passeia pelas ruas com passos seguros. Os dominadores se estabelecem por dez mil anos. Só a força os garante. Tudo ficará como está.                                         Nenhuma voz se levanta além da voz dos dominadores.                                         No mercado da exploração se diz em voz alta:                                          Agora acaba de começar!  E entre os oprimidos muitos dizem:                                          Não se realizará jamais o que queremos!                                          O que ainda vive não diga: jamais!                                          O seguro não é seguro. Como está não ficará.  Quando os dominadores falarem               

Servidão moderna

“A servidão moderna é uma escravidão voluntária, consentida pela multidão de escravos que se arrastam pela face da terra. Eles mesmos compram as mercadorias que os escravizam cada vez mais. Eles mesmos procuram um trabalho cada vez mais alienante que lhes é dado, se demonstram estar suficientemente domados. Eles mesmos escolhem os mestres a quem deverão servir. Para que esta tragédia absurda possa ter lugar, foi necessário tirar desta classe a consciência de sua exploração e  de sua alienação. Aí está a estranha modernidade da nossa época. Contrariamente aos escravos da antiguidade, aos servos da Idade média e aos operários das primeiras revoluções industriais, estamos hoje em dia frente a uma classe totalmente escravizada, só que não sabe, ou melhor, não quer saber. Eles ignoram o que deveria ser a única e legítima reação dos explorados. Aceitam sem discutir a vida lamentável que se planejou para eles. A renúncia e a resignação são a fonte de sua desgraça.“ — Jean-François Brient

A DEMOCRACIA QUE QUEREMOS