Trinta e Um de Março ou Primeiro de Abril? Há cinquenta anos um golpe militar depôs o presidente do Brasil, João Belchior Marques Goulart, suspendeu as garantias individuais, prendeu, cassou e promoveu o exílio de centenas de dirigentes sindicais, parlamentares, governadores e prefeitos, além de estudantes, professores universitários e cientistas. Durante 21 anos a sociedade viveu um clima de terror e arbítrio, silêncio e tortura, desaparecimentos e morte. Esta foi a resposta dos militares e seus aliados civis ao projeto de reformas democráticas que vinham sendo gestadas e discutidas amplamente em todo o país por todos os segmentos sociais. A passagem destes 50 anos deve servir para a reflexão sobre os desdobramentos e as consequências da ditadura civil-militar, cujos aspectos mais visíveis são, ainda hoje, a criminalização dos movimentos sociais e dos pobres, e a militarização da polícia. Tanto quanto no passado, hoje os pobres e a população das periferias são o “inimigo interno”.
Trinta e Um de Março ou Primeiro de Abril? Há cinquenta anos um golpe militar depôs o presidente do Brasil, João Belchior Marques Goulart, suspendeu as garantias individuais, prendeu, cassou e promoveu o exílio de centenas de dirigentes sindicais, parlamentares, governadores e prefeitos, além de estudantes, professores universitários e cientistas. Durante 21 anos a sociedade viveu um clima de terror e arbítrio, silêncio e tortura, desaparecimentos e morte. Esta foi a resposta dos militares e seus aliados civis ao projeto de reformas democráticas que vinham sendo gestadas e discutidas amplamente em todo o país por todos os segmentos sociais. A passagem destes 50 anos deve servir para a reflexão sobre os desdobramentos e as consequências da ditadura civil-militar, cujos aspectos mais visíveis são, ainda hoje, a criminalização dos movimentos sociais e dos pobres, e a militarização da polícia. Tanto quanto no passado, hoje os pobres e a população das periferias são o “inimigo interno”.