Se olharmos à nossa volta, damos conta de que há muitas ofertas de alimento que não vêm do Senhor e que, aparentemente, satisfazem mais: alguns alimentam-se com o dinheiro, outros com o sucesso e a vaidade, outros com o poder e o orgulho, mas a comida que nos alimenta verdadeiramente e nos sacia é apenas a que o Senhor nos dá, disse Francisco, na homilia da celebração.
Perante milhares de pessoas, o Papa sustentou que para lá da fome física, o homem traz em si outra fome, uma fome que não pode ser saciada com a comida vulgar, mas com o corpo de Cristo.
É uma fome de vida, fome de amor, fome de eternidade, precisou.Francisco advertiu para a perda da memória da intervenção de Deus, quando se chega a algum bem-estar.
Sonhamos com outras comidas, como os judeus no deserto, os quais choravam pela carne e as cebolas que comiam no Egito, mas esqueciam que esses alimentos eram comidos na mesa da escravidão, realçou.
Recuperemos a memória e aprendamos a reconhecer o pão falso que ilude e corrompe, porque é fruto do egoísmo, da autossuficiência e do pecado, acrescentou.
O Papa disse que na Eucaristia se comunica o amor do Senhor, um amor gratuito que está sempre disponível para quem quer recuperar as suas forças.
Jesus defende-nos da tentação do alimento mundano que nos torna escravos, a comida envenenada; purifica a nossa memória, para que não fique prisioneira na seletividade egoísta e mundana, mas seja memória viva da sua presença ao longo da história do seu povo, memória que se faz memorial do seu gesto de amor redentor, concluiu.