Ternura é a linguagem dos pequenos
Francisco se concentra no tema da ternura, a ele tão querido:
“O que é a ternura? É o amor que se faz próximo e concreto. É um movimento que parte do coração e que chega aos olhos, aos ouvidos e mãos. A ternura é usar os olhos para ver o outro, usar os ouvidos para ouvir o outro, para escutar o grito dos pequenos, dos pobres, de quem teme o futuro; ouvir também o grito silencioso de nossa Casa comum, da Terra contaminada e doente. A ternura significa usar as mãos e o coração para acariciar o outro. Para cuidar do outro.”
É a ternura do “abaixar-se ao nível do outro como Deus fez conosco. A ternura é o caminho que percorreram as mulheres e homens corajosos e fortes. A ternura não é fraqueza, é fortaleza”:
“Permitam-se dizer claramente: quanto mais você é forte, mais as suas ações têm um impacto sobre as pessoas e mais você é chamado a ser humilde. Caso contrário, o poder acaba com você e você acaba com os outros. Na Argentina, se dizia que o poder é como o gim tomado em jejum: faz a cabeça girar, deixa a pessoa embriagada, faz perder o equilíbrio, leva a pessoa a fazer mal a si e aos outros se não for colocado junto com a humildade e a ternura. Com a humildade e o amor concreto, o poder, o mais alto, o mais forte, se torna serviço e difunde o bem.”
“O futuro da humanidade não está somente nas mãos dos políticos, dos grandes líderes e grandes empresas. Sim, a responsabilidade deles é enorme, mas o futuro está sobretudo nas mãos das pessoas que reconhecem o outro como um ‘você’, e a ‘si’ mesmo como parte de um ‘nós’.”