“Jesus queria inculcar no
coração de todos algo que ele trazia bem dentro de si: os perdidos pertencem a
Deus; Ele os procura apaixonadamente e, quando os encontra, sua alegria é incontível”
[...].Jesus lhes diz expressamente: ‘sede compassivos como vosso Pai é compassivo’.
Para acolher o reino de Deus não é preciso ir ao deserto de Qumran fundar uma
‘comunidade santa’, não é preciso fechar-se na observância escrupulosa da lei
ao estilo dos grupos fariseus, não é preciso sonhar com rebeliões violentas
contra Roma, como desejavam alguns setores impacientes, não é preciso
incrementar a religião do templo, como querem os sacerdotes de Jerusalém. O que é preciso fazer é
introduzir na vida de todos a compaixão, uma compaixão parecida com a de Deus;
é preciso olhar com olhos compassivos os filhos perdidos, os excluídos do
trabalho e do pão, os delinquentes incapazes de refazer sua vida, as vítimas
caídas nas sarjetas. É preciso implantar a misericórdia nas famílias e nas
aldeias, nas grandes propriedades dos latifundiários,
no sistema religioso do templo, nas relações entre Israel e seus inimigos
(PAGOLA).
“Jesus além de falar agiu. Desafiantes como
suas palavras, são os seus atos” (KÜNG).