Pular para o conteúdo principal

O pão da misericórdia

«"Toma, este é o meu corpo."/ A mãe corta o pão da misericórdia,/ é como se cortasse uma parte de si./ Naquele momento tem piedade de todo o mundo.» (Corrado Alvaro, 1895-1956).
 A Igreja das origens, como se sabe, celebrava a Eucaristia no espaço doméstico, na mesa de todos os dias, com as roupas do dia a dia, encastoando de muito evidente o divino na história, a presença de Cristo entre as presenças dos homens e das mulheres.
 No gesto simples e amoroso de uma mãe que corta o pão para a sua família, Alvaro vê uma espécie de parábola da última ceia. Nela tinha estado Jesus a partir o pão e a distribuí-lo aos seus discípulos como sinal eficaz de amor. Não por acaso, sobre o vinho do cálice disse: «Este cálice é a nova aliança no meu sangue, que é derramado por vós».
 É bela a expressão «pão da misericórdia» usada pelo escritor calabrês: ele é, efetivamente, um sinal vivo e falante da doação que uma mãe faz de si à sua família, «é como se cortasse uma parte de si», e o seu gesto torna-se um símbolo para o mundo inteiro.

[Card. Gianfranco Ravasi | In "Avvenire"]

Postagens mais visitadas deste blog

ORAÇÃO PARA SER REZADA TODOS OS DIAS

 Ave Maria  de  Alta Graça         Ave Maria de Alta Graça, Luz Divina que o sol embaça, Ave Maria Paz e Minha Guia, me acompanhe neste dia Deus e a Virgem Maria, o mar se abrande, cessem os perigos, retrocedei todos os viventes que estiverem neste dia contra mim; Se tiverem pés não me alcancem, braços não me toquem, olhos não me enxerguem e língua não me falem; Faltem as forças a todos aqueles que me quiserem fazer o mal. Eu com o Manto de Nosso Senhor Jesus Cristo serei coberto, com seu sangue, serei baforado, não serei preso e nem amarrado; Viverei em paz e harmonia assim como viveu Nosso Senhor Jesus Cristo no ventre puríssimo de Sua Mãe Maria Santíssima.

O meu Reino não é deste mundo

  S anto Agostinho (354-430) bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja Homilias sobre São João «O meu reino não é deste mundo» Escutai todos, judeus e gentios [...]; escutai, todos os reinos da Terra! Eu não impeço o vosso domínio sobre este mundo, «o meu reino não é deste mundo». Não temais, pois, com esse medo insensato que dominou Herodes quando lhe anunciaram o meu nascimento. [...] Não, diz   o Salvador, «o meu reino não é deste mundo». Vinde todos a um reino que não é deste mundo; vinde a ele pela fé; que o medo não vos torne cruéis. É verdade que, numa profecia, o Filho de Deus diz, falando do Pai: «Por Ele, fui eleito rei sobre Sião, sobre a montanha sagrada» (Sl 2,6). Mas essa Sião e essa montanha não são deste mundo. Com efeito, o que é o seu reino? São os que acreditam nele, aqueles a quem Ele diz: vós não sois do mundo, tal como Eu não sou do mundo (cf Jo 17,16). E, contudo, Ele quer que estejam no mundo e diz ao Pai: «Não Te peço que os retires...