No livro-entrevista 'Luz do Mundo' (2010), Peter Seewald (o entrevistador) faz um comentário provocador a Bento XVI sobre a questão da atracção por pessoas do mesmo sexo:
“Não é nenhum segredo que também entre os sacerdotes e os monges há homossexuais. Recentemente, teve grande repercussão um escândalo em torno a paixões homossexuais de sacerdotes em Roma.”
O Papa Bento XVI respondeu:
“A homossexualidade não é compatível com a vocação sacerdotal. Do contrário, o celibato não teria nenhum sentido como renúncia. Seria um grande perigo se o celibato se tornasse, por assim dizer, uma ocasião para introduzir no sacerdócio pessoas que, de qualquer modo, não gostariam de se casar, porque, em última instância, também a sua postura perante o homem e a mulher está de alguma forma modificada, desconcertada, e, em todo caso, não se encontra na direcção da criação de que falamos.
A Congregação para a Educação Católica emitiu faz alguns anos uma disposição no sentido de que os candidatos homossexuais não podem ser sacerdotes porque a tendência distancia-os da paternidade, da realidade interior da condição de sacerdote. Por isso, a selecção dos candidatos ao sacerdócio deve ser muito cuidadosa. Tem que aplicar-se a máxima atenção para que não irrompa uma confusão semelhante, e, no final, por assim dizer, se identifique o celibato dos sacerdotes com a tendência à homossexualidade.”