O tema da meditação, na capela Redemptoris Mater, foi “O amor não seja fingido”. O agape, ou a caridade cristã, não é uma das virtudes, mas a forma de todas elas, e da qual “dependem toda a lei e os profetas”. Entre os frutos do Espírito que o Apostólo elenca, Gl 5, 22, em primeiro lugar encontramos o amor: “O fruto do Espírito é amor, alegria, paz...”.
Quando o Apóstolo Paulo afirma “O amor não seja fingido”, não se trata de mais uma exortação, mas a matriz de onde derivam as outras. O que se pede ao amor é que seja verdadeiro, autêntico, não fingido. O coração é o “local” em que se decide o valor daquilo que a gente faz.
O amor é paciente, é benigno, não é invejoso. A caridade hipócrita é aquela que faz o bem sem querer bem, que mostra ao exterior algo que não tem uma correspondência no coração. Não se trata de atenuar a importância das obras de caridade, mas garantir a elas um fundamento seguro contra o egoísmo e as suas infinitas astúcias.
Cada um é convidado a examinar a si mesmo para ver o que está na raiz da própria escolha: se a realeza de Cristo e sua glória ou a própria afirmação, e o próprio “eu”. Se a escolha é de natureza realmente espiritual e evangélica, ou se depende da própria inclinação psicológica, ou pior, da própria opção política.
É bom pensar, pois serve para cada um de nós. Meu amor é fingido quando não aceito o diferente no outro...