Pular para o conteúdo principal

HUMILDADE - ORGULHO - SOCIEDADE

HUMILDADE - ORGULHO - SOCIEDADE
"A humildade é, pois, indispensável, para evitar que a pessoa aja infantilmente por toda sua vida. Tornar-se adulto significa, de fato, ficar humilde, livrar-se da ilusão de ser o centro de tudo e de que as outras pessoas só existem para me dar conforto e prazer.
Infelizmente, o orgulho está tão profundamente arraigado na sociedade humana, que ao invés de nos educarmos mutuamente na humildade e maturidade, crescemos juntos no egoísmo e no orgulho. As atitudes que nos deveriam tornar 'maduros', muitas vezes nos dão apenas uma pose, uma espécie de verniz, que confere ao nosso orgulho maior suavidade e eficácia. A vida social é, no fundo, muitas vezes, mero compromisso de conveniência, pelo qual teu orgulho e o meu são capazes de andar lado a lado sem muito atrito.
Eis por que é perigosa ilusão confiar na sociedade para fazer de nós pessoas 'equilibradas', 'realistas' e 'humildes'. Muitas vezes a humildade exigida de nós pela sociedade é simplesmente um consentir no orgulho da coletividade e dos que estão no poder. Pior ainda, enquanto aprendemos a ser humildes e virtuosos, somos indivíduos que se permitem cometer os piores crimes em nome da 'sociedade'. Somos gentis em nossa vida privada, mas somos assassinos como grupo. O assassinato cometido por uma pessoa é grande crime, mas quando se torna guerra ou revolução é considerado o cúmulo do heroísmo e da virtude."
Thomas Merton, "O Homem Novo", Vozes 2006, pág. 52.

Postagens mais visitadas deste blog

ORAÇÃO PARA SER REZADA TODOS OS DIAS

 Ave Maria  de  Alta Graça         Ave Maria de Alta Graça, Luz Divina que o sol embaça, Ave Maria Paz e Minha Guia, me acompanhe neste dia Deus e a Virgem Maria, o mar se abrande, cessem os perigos, retrocedei todos os viventes que estiverem neste dia contra mim; Se tiverem pés não me alcancem, braços não me toquem, olhos não me enxerguem e língua não me falem; Faltem as forças a todos aqueles que me quiserem fazer o mal. Eu com o Manto de Nosso Senhor Jesus Cristo serei coberto, com seu sangue, serei baforado, não serei preso e nem amarrado; Viverei em paz e harmonia assim como viveu Nosso Senhor Jesus Cristo no ventre puríssimo de Sua Mãe Maria Santíssima.

Dos Sermões de Santo Antônio de Pádua, presbítero

  SANTO ANTÔNIO Dos Sermões de Santo Antônio de Pádua, presbítero A palavra é viva quando são as obras que falam Quem está repleto do Espírito Santo fala várias línguas. As várias línguas são os vários testemunhos sobre Cristo, a saber: a humildade, a pobreza, a paciência e a obediência; falamos estas línguas quando os outros as veem em nós mesmos. A palavra é viva quando são as obras que falam. Cessem, portanto, os discursos e falem as obras. Estamos saturados de palavras, mas vazios de obras. Por este motivo o Senhor nos amaldiçoa, como amaldiçoou a figueira em que não encontrara frutos, mas apenas folhas. Diz São Gregório: “Há uma lei para o pregador: que faça o que prega”. Em vão pregará o conhecimento da lei quem destrói a doutrina por suas obras. Os apóstolos, entretanto, falavam conforme o Espírito Santo os inspirava (cf. At 2,4). Feliz de quem fala conforme o Espírito Santo lhe inspira e não conforme suas ideias! Pois há alguns que falam movidos pelo próprio espírito e, usa...

LIVRES PARA AMAR

  LIVRES PARA AMAR Lembrei-me do que Chiara nos tinha dito um dia - sempre nos tempos de guerra, quando cada instante teria podido ser o último e vivíamos, portanto, sempre diante da morte. Chiara havia dito naquela vez: “É preciso acabar com o passado: o passado é passado; se vocês querem perder tempo pensem no passado. O futuro não nos pertence, está nas mãos de Deus. Deus não é aquele que foi ou aquele que será: é aquele que é. Se vocês pedem perdão a Deus e começam uma vida nova, naquele instante Ele perdoa, e vocês começam a amá-Lo com toda mente, com todas as forças e com todo coração. A misericórdia de Deus desce sobre vocês, e a misericórdia de Deus é Deus mesmo, é como um manto de ouro...”.. (Ginetta, uma vida pelo Ideal da unidade, Cidade Nova, 2006, pp. 129-130)