"O começo do amor é a verdade, e antes de nos conceder seu amor, Deus precisa purificar nossa alma das mentiras que estão dentro dela. E a maneira mais eficaz de nos desprendermos de nós mesmos é fazer com que nos detestemos pelo que nos tornamos pelo pecado, para que possamos amá-lo refletido em nossas almas que ele refez por seu amor.
Este é o sentido da vida contemplativa e o sentido de todas as regras, observâncias, jejuns, obediências, penitências, humilhações e trabalho aparentemente sem significado que constituem a rotina da existência num mosteiro contemplativo. Tudo isso serve para nos lembrar o que somos e quem Deus é... de modo a ficarmos nauseados de nós mesmos e nos voltarmos para ele. E, ao final, encontramos Deus em nós, em nossas naturezas purificadas que se tornaram o espelho de sua grandiosa divindade e de seu amor eterno..." Thomas Merton