…do Vinho Novo e dos Rótulos…!
Os nossos corações gostam de embriagar-se de rótulos que nos sosseguem as incertezas dos conteúdos que outros nos dão a beber. Facilmente aceitamos qualquer “vinho” como se fosse Vinho Novo! Alguns nem precisam de provar, basta-lhes como garantia o rótulo! Na cruz também quiseram fazer o mesmo a Jesus!
Ali, o Senhor assumiu toda a sua humanidade e fragilidade! Assumiu que tinha sede. Assumiu que precisava que alguém lhe mata-se a sede, que o ajudasse a suportar aquele momento de total abandono. Mas logo se apressaram a tentar enganá-lo, dando-lhe a beber fel, esse vinho martelado das maldades humanas.
Mas Ele não bebeu. Tocaram-lhe nos “lábios” da sua fragilidade com o fel, mas ele não aceitou. Tinha sede, mas não aceitou. O que Ele pediu e desejava era água, límpida, matar a sede, mas não a qualquer preço! O “fel”, as “borras”, o vinho “embelezado” com “rótulos”, não serviu nem servia para Ele matar a sede!
O Senhor conhece o sabor que cada um de nós carrega por dentro! E mesmo que por fora falemos mais alto com os nossos “rótulos”, ainda assim Ele recusa essa “mentira”, recusa beber desses “sabores”, jamais acolherá o vinho produzido nas caves dos nossos corações se ele não for genuíno! Podemos tentar dar-lhe a provar, mas Ele nunca aceitará como aconteceu na Cruz.
Que vinho andamos nós a servir à mesa da nossa vida ao Senhor? O que andamos a tentar dar de beber ao Senhor em todos os convites que Lhe fazemos para visitar a nossa casa e sentar-se à nossa mesa? Ir. Vítor