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Quem não cuida de si, que é terra, erra

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Já no século XVII, Gregório de Matos, que era poeta e não psicólogo, alertava a humanidade a respeito da importância do autocuidado.
O ser humano é como a terra: também precisa de cuidados para atingir os seus potenciais existenciais e criativos.
Em qualquer época, mas, especialmente em Janeiro, tempo de novos ciclos e de novas possibilidades, pense sobre isso: conheça-se, adube-se, capacite-se e realize os seus potenciais.
E, se precisar, procure ajuda: a mão que não consegue revolver toda a terra, sempre pode contar com outras mãos a lhe ajudar.
Pedir ajuda não é sinal de fraqueza. Antes, trata-se de inteligência, de coragem e de um tipo de fortaleza que protegeu a humanidade até aqui - a fortaleza da solidariedade.
Por isso, nunca se esqueça: viver pede cuidados, autocuidados e cuidados com os outros, em nome de existências mais saudáveis e de uma cultura da Saúde Mental na humanidade.


Na oração, que desaterra … a terra,
Quer Deus que a quem está o cuidado … dado,
Pregue que a vida é emprestado … estado,
Mistérios mil que desenterra … enterra
.
Quem não cuida de si, que é terra, … erra,
Que o alto Rei, por afamado … amado,
É quem lhe assiste ao desvelado … lado,
Da morte ao ar não desaferra, … aferra.
Quem do mundo a mortal loucura … cura,
A vontade de Deus sagrada … agrada
Firmar-lhe a vida em atadura … dura.
O voz zelosa, que dobrada … brada,
Já sei que a flor da formosura, … usura,
Será no fim dessa jornada … nada.
MORTAL LOUCURA é o título de um poema de Gregório de Matos (1636 - 1695), poeta barroco, conhecido por Boca do Inferno, por sempre criticar a Igreja Católica. Ele é considerado o maior poeta barroco da literatura brasileira. Neste poema, as palavras têm eco e seus ecos se transformam em outra palavra que dão um novo significado ao lindo poema.

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