“Vivemos tempos difíceis. Clamam por coragem e fé. Fé, afinal, é uma virtude solitária. Solitária, especialmente quando uma profunda e autêntica comunidade de amor não se mostra presente e permanece como uma tarefa a ser reiniciada muitas vezes... O amor não é algo que ganhemos da Santa Igreja como se fôssemos uma criança se alimentando no seio da mãe: também tem de ser doado. Não receberemos amor se não formos capazes de oferecê-lo.
O Natal, portanto, não é apenas um doce retorno ao leite materno e à infância. É uma festa séria e, algumas vezes, difícil. Difícil particularmente se, por motivos psicológicos, não conseguimos assimilar seu indestrutível cerne de esperança nele contido. Se estivermos buscando apenas uma pequena consolação, poderemos nos desapontar.”
Thomas Merton, [Carta Circular, Advento-Natal de 1967]