“Devemos responder com alegria e liberdade ao dom de Deus, com ação de graças e felicidade, contentes. Na contemplação, porém, devemos responder-lhe menos com palavras do que por uma serena felicidade de silenciosa aceitação.
‘Permanece vazio e vê que eu sou o Senhor.’ Trata-se de nosso vazio em presença do abismo da realidade de Deus, nosso silêncio em presença de seu silêncio infinitamente rico, nossa alegria no centro da serena obscuridade em que sua luz nos mantém absortos; é isso tudo que o louva.
É isso que provoca amor de Deus, admiração e adoração que surgem em nós como ondas poderosas, vindas das profundezas daquela paz que conhecemos, inundando as praias do nosso consciente numa vasta, silenciosa espuma de indizível louvor e glória!"
Thomas Merton, “Novas Sementes de Contemplação”, Fisus 1999, p. 226 / Vozes 2017, p. 212-213.