Os bispos são testemunhas de Jesus, não portadores de currículo
O Papa também falou sobre um dos papéis fundamentais do núncio: a seleção dos futuros bispos. E recordou que traçou “o perfil dos pastores que considero necessário para a Igreja de hoje: testemunhas do Ressuscitado e não portadores de currículo. Bispos que rezam, familiarizados com as coisas ‘do alto’ e não oprimidos pelo peso do ‘de baixo’; bispos capazes de entrar ‘com paciência’ na presença de Deus, para possuir a liberdade de não trair o Kerygma que se lhes foi encomendado; bispos pastores e não príncipes ou funcionários”.
Para encontrar esses bispos, “é preciso mexer-se” e sair para procurá-los com critérios que “não podem ser ditados por vãs tentativas com as quais pensamos poder programar em nossos escritórios a Igreja que sonhamos. Por isso, é preciso jogar as redes em mar aberto. Não podemos conformar-nos em pescar em aquários, nas reservas ou nos criadores dos ‘amigos dos amigos’”. E acrescentou, referindo-se à importância de escolher bons candidatos: “A pergunta prática que agora me vem à mente é a seguinte: mas não há outro? E sair para procurar. Sair para procurar. E eles existem. Eles existem!”