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Teresa de Jesus e Edith Stein: O Castelo Interior.
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Há um apêndice em “Ser finito e Ser Eterno” em que Edith Stein faz uma análise da obra “Castelo Interior ou Moradas”, de Santa Teresa de Jesus. Assim como João da Cruz, Teresa era uma grande mestra da vida espiritual. Expressa com grande facilidade e riqueza suas vivências interiores. Chega ao mais alto grau da vida mística. A alma é vista como o centro de todo o edifício físico-psíquico-espiritual ao qual chamamos homem. O corpo é o muro que cerca o castelo. Os sentidos e as potências espirituais (memória, entendimento e vontade) são, às vezes, como vassalos e sentinelas, em suma, moradores do castelo. A alma e seus numerosos aposentos é semelhante ao Céu, no qual há muitas moradas. No centro mais íntimo da alma está o Rei. A alma humana, enquanto espírito, é imagem do Espírito de Deus, tem a missão de apreender todas as coisas criadas, conhecendo-as e amando-as, e, assim, compreender a própria vocação e trabalhar em consequência. A morada mais interior (a sétima) está reservada ao Senhor da Criação. Dessa forma, entrar em si mesmo, significar acercar-se gradualmente a Deus. Como espírito e imagem do Espírito Divino, a alma não só tem o conhecimento do mundo externo, como também de si mesma: é consciente de toda sua vida espiritual, é capaz de refletir sobre si mesma, inclusive sem entrar pela porta da oração. A alma é uma realidade espiritual pessoal, seu ser mais íntimo e específico - a alma é um “eu”. O eu aparece como um ponto móvel dentro do espaço da alma.
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Edith Stein. “Ser finito e Ser Eterno: ensaio de uma ascensão ao sentido do ser”.

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