LONGE DE DEUS, LONGE DE NÓS MESMOS!
"Perdendo contato conosco e, portanto, com Deus, caímos numa idolatria, desprovida de sentido em relação à produção e ao consumo, amados por si mesmos. Renunciamos ao ato de ser, precipitando-nos no 'progresso', amado por si mesmo. Não sabemos mais viver. E porque não podemos aceitar a vida em sua realidade, a vida deixa de ser uma alegria e se torna uma aflição. E chegamos ao cúmulo de por em Deus a culpa disso!
O mal que existe no mundo é produto nosso e procede inteiramente de nossa implacável, absurda, descuidada, destrutiva e suicida negligência em relação ao nosso próprio ser."
Thomas Merton, "Reflexões de um Espectador Culpado", Vozes 1970, p. 259.