Neste mundo, a aparência vale tudo. A pessoa que passa imperiosa, delira pelo poder. Por outro lado, torna-se oportuna a reflexão de Evágrio Pôntico. Antes, Jesus já disse da necessidade do nascer de novo. Viver a leveza.
"vanitas vanitatum omnia vanitas"
Leia o texto e veja o que nos diz o Monge Evágrio Pôntico: A vanglória é uma paixão irracional que facilmente se enraíza em todas as obras virtuosas. Um desenho traçado na água desaparece tal como a fadiga da virtude na alma vangloriosa. A mão escondida no bolso apresenta-se inocente e a ação que permanece oculta resplandece com uma luz mais brilhante. A hera adere à árvore e, quando chega ao ponto mais alto, seca-lhe a raiz; assim, a vanglória se origina nas virtudes e não se afasta enquanto não lhes tiver consumido as forças. O cacho de uvas caído sobre a terra murcha facilmente e a virtude, se apoiada na vanglória, perece. O monge vanglorioso é um trabalhador sem salário: esforça-se no trabalho, porém, não recebe qualquer pagamento; o bolso furado não guarda com segurança o que nele é colocado e a vanglória destrói a recompensa das virtudes. A moderação do vanglorioso é como a fumaça na estrada: ambas desaparecem no ar. O vento apaga a pegada do homem tal como a esmola do vanglorioso. A pedra lançada ao ar não atinge o céu e a oração de quem deseja comprazer aos homens não chega a Deus.
"vanitas vanitatum omnia vanitas"
Leia o texto e veja o que nos diz o Monge Evágrio Pôntico: A vanglória é uma paixão irracional que facilmente se enraíza em todas as obras virtuosas. Um desenho traçado na água desaparece tal como a fadiga da virtude na alma vangloriosa. A mão escondida no bolso apresenta-se inocente e a ação que permanece oculta resplandece com uma luz mais brilhante. A hera adere à árvore e, quando chega ao ponto mais alto, seca-lhe a raiz; assim, a vanglória se origina nas virtudes e não se afasta enquanto não lhes tiver consumido as forças. O cacho de uvas caído sobre a terra murcha facilmente e a virtude, se apoiada na vanglória, perece. O monge vanglorioso é um trabalhador sem salário: esforça-se no trabalho, porém, não recebe qualquer pagamento; o bolso furado não guarda com segurança o que nele é colocado e a vanglória destrói a recompensa das virtudes. A moderação do vanglorioso é como a fumaça na estrada: ambas desaparecem no ar. O vento apaga a pegada do homem tal como a esmola do vanglorioso. A pedra lançada ao ar não atinge o céu e a oração de quem deseja comprazer aos homens não chega a Deus.
A vanglória é um
obstáculo submerso: se chocas contra ele, corres o risco de perder a carga. O
homem prudente esconde seu tesouro tanto como o monge sábio esconde as fadigas
da sua virtude. A vanglória aconselha rezar nas praças, enquanto que quem a
combate reza em sua pequena habitação. O homem pouco prudente torna evidente a
sua riqueza e faz com que muitos a queiram tomar para si. Tu, ao contrário,
esconde as tuas coisas: durante o caminho, encontrarás assaltantes, mas, ao
chegardes à cidade da paz, poderás usar dos teus bens tranquilamente. A virtude
do vanglorioso é um sacrifício extenuante, que não é oferecido no altar de
Deus. O aborrecimento consome o vigor da alma, enquanto que a vanglória
fortalece a mente daquele que se esquece de Deus, torna robusto o fraco e torna
o velho mais forte que o jovem, mas somente enquanto sejam muitas as
testemunhas que os assistem. Então serão inúteis o jejum, a vigília, ou a
oração, porque é apenas a aprovação pública que excita o seu zelo. Não mostres
tuas fadigas para colher a fama, nem renuncies a glória futura para seres
aclamado. Com efeito, a glória humana habita na terra e na terra extingue-se a
tua fama, enquanto que a glória das virtudes permanecem para sempre.