Um domingo plenificado de essências especiais, quais sejam, a alegria do coração, o perfume da sinceridade, aromas especiais vindos da alma. Ex toto corde, Edson Lira
Domingo - dia irrenunciável
"Se o domingo é o dia da ressurreição, ele não se reduz à recordação de um acontecimento passado: é a celebração da presença viva do Ressuscitado no meio de nós."
Para que esta presença seja anunciada e vivida adequadamente, não é suficiente que os discípulos de Cristo rezem individualmente e recordem interiormente, no segredo do coração, a morte e a ressurreição de Cristo. Com efeito, todos os que receberam a graça do baptismo, não foram salvos somente a título individual, mas enquanto membros do Corpo místico, que entraram a fazer parte do Povo de Deus.(38) Por isso, é importante que se reúnam, para exprimir em plenitude a própria identidade da Igreja, a ekklesía, assembleia convocada pelo Senhor ressuscitado, que ofereceu a sua vida « para trazer à unidade os filhos de Deus que andavam dispersos » (Jo 11,52). Estes tornaram-se « um só » em Cristo (cf. Gal 3,28), pelo dom do Espírito. Esta unidade manifesta-se exteriormente, quando os cristãos se reúnem: é então, que adquirem consciência viva e dão ao mundo testemunho de serem o povo dos redimidos, formado por « homens de toda a tribo, língua, povo e nação » (Ap 5,9). Através da assembleia dos discípulos de Cristo, perpetua-se no tempo a imagem da primeira comunidade cristã, descrita como modelo por S. Lucas nos Actos dos Apóstolos, quando diz que os primeiros baptizados « eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à união fraterna, à fracção do pão, e às orações » (2,42). " João Paulo II