Pular para o conteúdo principal

 "A doutrina de são João da Cruz não poderia receber o nome de ciência da cruz, no sentido em que a entendemos, se ficasse exclusivamente limitada à compreensão intelectual. Entretanto, ela recebeu a marca do autêntico sinal da cruz: ela é a ramificação frondosa de uma árvore, cujas raízes estão firmadas no âmago da alma do Santo, cuja seiva é sangue de seu coração e cujos frutos encontramos em sua vida. O amor de são João pela imagem da cruz revela o profundo amor que havia em seu íntimo pelo Crucificado. Foi a cruz que deu a nota característica à casinha de Durvelo, sendo conhecida a impressão que ali teve santa Teresa: ‘Ao entrar na capela, fiquei admirada ao ver o espírito que o Senhor havia infundido ali. E não só eu, pois dois mercadores, meus amigos, que haviam vindo comigo de Medina, não faziam outra coisa senão chorar! Nunca me esqueço de uma pequena cruz de madeira sobre a pia de água benta: sobre essa cruz estava colada uma imagem de Cristo, feita de papel, que parecia suscitar mais devoção do que se fosse feita de material muito bem trabalhado’ (As Fundações, c. 14). É de supor que o primeiro carmelita descalço, outrora talhador e aprendiz de desenho, fosse o autor dessas cruzes destinadas a enfeitar o conventinho. Tais cruzes correspondem exatamente ao que mais tarde o Santo escreveu sobre a veneração de imagens... O que são João desejava era conduzir a si próprio e os outros à união por diversos meios, tais como a imagem da cruz... Se é bom venerar o Crucificado que se representa nas imagens, e moldá-las para estimular essa veneração, melhores que as imagens de madeira e pedra são as imagens vivas. Formar as almas segundo a imagem de Cristo e implantar-lhes a cruz no coração constitui a grande missão da vida para o Reformador da Ordem e guia espiritual. A esse fim foram destinados todos os seus escritos e é disso que falam, mais concreta e pessoalmente, suas cartas e os testemunhos sobre a sua atividade”.

Edith Stein (Santa Teresa Benedita da Cruz). A Ciência da Cruz: estudo sobre São João da Cruz. Trad. D. Beda Kruse, Edições Loyola, 3° Ed., p. 221-222.

Postagens mais visitadas deste blog

ORAÇÃO PARA SER REZADA TODOS OS DIAS

 Ave Maria  de  Alta Graça         Ave Maria de Alta Graça, Luz Divina que o sol embaça, Ave Maria Paz e Minha Guia, me acompanhe neste dia Deus e a Virgem Maria, o mar se abrande, cessem os perigos, retrocedei todos os viventes que estiverem neste dia contra mim; Se tiverem pés não me alcancem, braços não me toquem, olhos não me enxerguem e língua não me falem; Faltem as forças a todos aqueles que me quiserem fazer o mal. Eu com o Manto de Nosso Senhor Jesus Cristo serei coberto, com seu sangue, serei baforado, não serei preso e nem amarrado; Viverei em paz e harmonia assim como viveu Nosso Senhor Jesus Cristo no ventre puríssimo de Sua Mãe Maria Santíssima.

A Cruz permanece firme, enquanto o mundo gira.

  "STAT CRUX DUM VOLVITUR ORBIS" A Cruz permanece firme, enquanto o mundo gira .  A Cruz permanece intacta enquanto o Mundo percorre a sua órbita. A cruz que está firme no mundo simboliza a firmeza na contínua agitação dos homens, das ideias, das coisas. A cruz erguida acima do redemoinho de coisas humanas que passam, dos prazeres humanos que são efêmeros, das vaidades humanas que perecem, a cruz erguida, alta, imóvel é carregada, apoiada, levantada não pelo mundo instável, mas por almas estáveis ​​em seus propósitos, consagradas à oração, devotadas ao sacrifício, chamadas a exaltá-la acima do mundo Abandonar as realidades fugazes e procurar capturar o eterno. O mundo gira, evolui e transforma-se, mas a cruz permanece sempre com o mesmo significado espiritual, o mesmo valor redentor e o mesmo poder de atracção. (…)” Cristo é imutável: Christus heri et hodie, Principium et Finis, Alpha et Omega, ipsius sunt tempora et saecula (Cristo ontem e hoje, princípio e fim,
  Cidade do Vaticano, 21 dez 2023 (Ecclesia) – O Papa destacou hoje a sobriedade e a alegria do presépio, a partir da iniciativa de São Francisco de Assis, alertando para que o risco de perder-se o que é importante na vida “e paradoxalmente aumenta perto do Natal”. “O presépio foi criado para nos trazer de volta ao que importa: a Deus que vem morar entre nós, mas também às outras relações essenciais, como a família, presente em Jesus, José e Maria, e os entes queridos, representados pelos pastores”, disse Francisco, na audiência pública semana, no Vaticano. “As pessoas antes das coisas, as pessoas assim como são”, acrescentou o Papa, indicando que as personagens do presépio “são simples, pobres, e estão em harmonia com a criação”, a paisagem ocupa o maior espaço e o boi e o burro nunca faltam”. “É bom ficar em frente do presépio para reorganizar a vida voltando ao essencial. É como entrar num oásis para escapar da agitação diária, para encontrar a paz na oração e no silêncio, numa tern