Gargalha, ri, num riso de tormenta, Como um palhaço, que desengonçado, Nervoso, ri, num riso absurdo, inflado De uma ironia e de uma dor violenta. Da gargalhada atroz, sanguinolenta, Agita os guizos, e convulsionado Salta, gavroche, salta clown, varado Pelo estertor dessa agonia lenta ... Pedem-se bis e um bis não se despreza! Vamos! retesa os músculos, retesa Nessas macabras piruetas d’aço... E embora caias sobre o chão, fremente, Afogado em teu sangue estuoso e quente, Ri! Coração, tristíssimo palhaço. Cruz e Sousa . a fachada de alegria e o sofrimento interior compõem a natureza conflitante do coração do poeta, sensibilizando o público. . De acordo com o poema, o acrobata da dor é o coração. É metáfora do próprio coração. . No poema, os conceitos relacionados com a alegria e o riso, característicos da imagem dos palhaços, são aproximados de conceitos como dor, tristeza, agonia,
PAZ AOS QUE ENTRAM...