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Cristo deu a vida pelos seus inimigos

 

São Tomás Moro (1478-1535)
estadista inglês, mártir
Tratado sobre a Paixão, Cristo amou-os até ao fim, 1.ª homilia


Cristo deu a vida pelos seus inimigos

Meditemos profundamente no amor de Cristo, nosso Salvador, que «amou os seus até ao fim» (Jo 13,1), a ponto de, para seu bem, ter voluntariamente sofrido morte tão dolorosa, manifestando assim o maior amor possível. Porque Ele próprio tinha dito: «Não há maior amor do que dar a vida pelos amigos» (Jo 15,13). Este é, sem dúvida, o maior amor que alguém jamais manifestou; e contudo, o nosso Salvador deu prova de um amor ainda maior, porque o fez tanto pelos seus amigos como pelos seus inimigos.
Que diferença entre este amor fiel e as outras formas de amor, falso e inconstante, que encontramos no nosso pobre mundo! [...] Quem poderá ter a certeza de, na adversidade, continuar a ter muitos amigos, se o próprio Salvador, quando foi preso, ficou só, abandonado pelos seus? Quando vos fordes embora, quem quererá ir convosco? Se fôsseis rei, o vosso reino não vos deixaria partir só, esquecendo-vos sem demora? A vossa própria família não vos deixaria partir, pobre alma abandonada e errante?
Aprendamos, pois, a amar em todo o tempo como temos o dever de amar: a Deus acima de todas as coisas, e a todas as coisas por causa dele. Porque todo o amor que não se orienta para este fim – ou seja, para a vontade de Deus – é um amor vão e estéril. Qualquer amor que dediquemos a um ser criado que enfraqueça o nosso amor a Deus é um amor detestável e um obstáculo ao nosso caminho para o céu. [...] Assim pois, uma vez que Nosso Senhor nos amou tanto pela nossa salvação, imploremos-Lhe assiduamente a sua graça, não vá acontecer que, em comparação com o seu grande amor, nos encontremos cheios de ingratidão.

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