O Santo Padre Bento XVI conclamou, como é sabido em todo mundo, o
Ano da Fé, em comemoração do cinquentenário do Concílio Vaticano II e dos 20
anos do Catecismo da Igreja Católica. A convocação deu-se na Carta Apostólica Porta Fidei, escrita em forma
de Motu Proprio. Na abertura da carta o Santo Padre nos diz: “A PORTA DA FÉ
(cf. At 14, 27), que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada
na sua Igreja, está sempre aberta para nós. É possível cruzar este limiar,
quando a Palavra de Deus é anunciada e o coração se deixa plasmar pela graça
que transforma”(nº 1).
O Ano da Fé é propício também em um período que temos sido
afrontados por ondas diversas, que tendem a fazer-nos questionar e duvidar da
confiança em Deus. De fato, a fé não deve ser reduzida ao redil da razão, mas é
ato de confiança e de plena entrega à bondade divina. É dom de Deus, é certeza
constante, é indubitável. “Conhecer,
de fato, poderia ser uma operação somente intelectual, enquanto “reconhecer”
quer significar a necessidade de descobrir a ligação profunda entre a verdade
que professamos no Credo e a nossa existência cotidiana, para que esta verdade
seja verdadeiramente e concretamente – como sempre foi – luz para os passos do
nosso viver, água que irriga o calor do nosso caminho, vida que vence certos
desertos da vida contemporânea. No Credo se enxerta a vida moral do
cristão, que nesse encontra o seu fundamento e a sua justificativa” (Catequese do Santo Padre Bento XVI,
18 de outubro 2012).