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Mostrando postagens de março, 2019

O que é Justiça?, Hans Kelsen adverte:

Quando Jesus de Nazaré, no julgamento perante o pretor romano, admitiu ser rei, disse ele: “Nasci e vim a este mundo para dar testemunho da verdade”. Ao que Pilatos perguntou: “O que é a verdade?”. Cético, o romano obviamente não esperava resposta a essa pergunta, e o Santo também não  a deu. Dar testemunho da verdade não era o essencial em sua missão como rei messiânico. Ele nascera para dar testemunho da justiça, aquela justiça  que Ele desejava concretizar no reino de Deus. E, por essa justiça, morreu na cruz. Dessa forma, emerge da pergunta de Pilatos – o que é verdade? –, através do sangue do crucificado, uma outra questão, bem mais veemente, a  eterna questão da humanidade: o que é justiça? Nenhuma outra questão foi tão passionalmente discutida; por nenhuma outra foram derramadas tantas lágrimas amargas, tanto sangue precioso;  nenhuma outra, ainda, as mentes mais ilustres – de Platão a Kant – meditaram tão profundamente. E, no entanto, ela continua até hoje sem resposta.
PRESENÇA "O recolhimento não deveria ser visto como uma ausência, mas como uma presença. A primeira coisa que ele realiza é a nossa presença a nós mesmos. Depoi s nos faz presentes às realidades mais importantes do momento em que vivemos. E nos faz presentes a Deus, presentes a nós mesmos em Deus, presentes a tudo o mais em Deus. Mas, sobretudo, é a presença de Deus que ele nos traz e que dá sentido a todas as outras 'presenças' que dissemos." Thomas Merton, "Homem algum é uma Ilha", Verus 2003, pág. 186.
"23 de maio de 1965. 'Quinto Domingo após a Páscoa' Cada aurora mais bonita que a outra. E que paz! Meditação com vaga-lumes, neblina no vale, último quarto da  lua, corujas ao longe - gradual despertar interior e centrar-se em paz e harmonia de gratidão e amor. Ontem escrevi ao homem da McGill University que pensava que toda contemplação fosse uma manifestação de regressão narcisista! Isso mesmo é que não é. É um completo despertar de relação e identidade! Implica uma consciência e aceitação de nosso lugar no todo, primeiro o todo da criação, depois todo o plano da Redenção - encontrar-se no grande mistério da plenitude, que é o Mistério de Cristo. 'Consonantia' e não 'confusio': harmonia e não confusão." Thomas Merton, "Merton na Intimidade - Sua Vida em Seus Diários", Fisus 2001, p. 

SEGURADO ESPECIAL - INSS

PORTARIA CONJUNTA Nº 2, DE 15 DE MARÇO DE 2019 Regulamenta o § 2º do art. 38-B, da  Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. O SECRETÁRIO ESPECIAL ADJUNTO DE PREVIDÊNCIA E TRABALHO DO MINISTÉRIO DA ECONOMIA, o SECRETÁRIO DE AGRICULTURA FAMILIAR E COOPERATIVISMO DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO e o PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS , no uso das atribuições que lhes conferem o Decreto nº 9.679, de 2 de janeiro de 2019, o Decreto nº 9.667, de 2 de janeiro de 2019, o Decreto nº 9.104, de 24 de julho de 2017, e considerando o contido na Medida Provisória nº 871, de 18 de janeiro de 2019, assim como na Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, resolvem: Art. 1º A comprovação do tempo de exercício da atividade rural do segurado especial, no período de 19 de março de 2019 a 31 de dezembro de 2019, ocorrerá mediante autodeclaração ratificada por entidades públicas credenciadas, nos termos do disposto no art. 13 da Lei nº 12.188, de 11 de janeiro d
Um símbolo secreto dos cristãos – Como os primeiros cristãos se reconheciam nos tempos de clandestinidade? Durante os três primeiros séculos do cristianismo, as  perseguições contra os cristãos eram frequentes e brutais. A fé em Cristo constituía uma religião clandestina e, por isso, os cristãos não podiam se revelar abertamente. Nesse contexto, como um cristão poderia saber se outra pessoa também era cristã? Além de tomar as precauções mais evidentes, como informar-se sobre a outra pessoa previamente sempre que possível, considera-se a hipótese de que os primeiros cristãos utilizassem alguns “códigos secretos” para confirmar se estavam diante de um irmão da mesma crença. Um desses códigos era o “Ichthys” ou “Ichthus”, palavra que, em grego antigo (ἰχθύς), significava “peixe”. Segundo essa hipótese, quando um cristão supunha estar diante de outro cristão clandestino, desenhava uma curva ou meia-lua no chão. Se a outra pessoa desenhasse outra meia-lua sobreposta à dele, co

ACERCA DO OCORRIDO NA ESCOLA DE SUZANO

Autor: Padre Fábio de Melo "Cansado e perplexo com tantas baboseiras e falsas justificativas pras atrocidades que ainda nos surpreendem todos os dias... Os meninos não mataram porque o porte de arma é um projeto do atual governo. Os meninos não mataram porque jogavam jogos violentos.Os meninos não mataram porque a escola foi omissa. Os meninos não mataram porque sofreram Bullying... Eles mataram porque as famílias estão desestruturadas e fracassadas, porque não se educa mais em casa, não se acompanha mais de perto, a tecnologia substitui o diálogo, presentes compram limites, direitos e deveres e não há o conhecimento e respeito a Deus. Precisamos parar de nos omitir, de transferir culpas. A culpa é minha, é sua, de todos nós! " A violência é o desdobramento de carências afetivas, da necessidade de ser visto e notado, ainda que da pior maneira" As armas não matam, o que mata é a ausência de AMOR!!!
"A Quaresma é o tempo privilegiado da peregrinação interior até Àquele que é a fonte da misericórdia. Nesta peregrinação, Ele próprio nos acompanha através do deserto da nossa pobreza, amparando-nos no caminho que leva à alegria intensa da Páscoa. Mesmo naqueles «vales tenebrosos» de que fala o Salmista (Sl 23, 4), enquanto o tentador sugere que nos abandonemos ao desespero ou deponhamos uma esperança ilusória na obra das nossas mãos, Deus guarda-nos e ampara-nos. Sim, o Senh or ouve ainda hoje o grito das multidões famintas de alegria, de paz, de amor. Hoje, como aliás em todos os períodos, elas sentem-se abandonadas. E todavia, mesmo na desolação da miséria, da solidão, da violência e da fome que atinge indistintamente idosos, adultos e crianças, Deus não permite que as trevas do horror prevaleçam. De facto, como escreveu o meu amado Predecessor João Paulo II, há um «limite imposto ao mal, (…) a Misericórdia Divina» (Memória e identidade, 58). Foi nesta perspectiva que quis col

Cardeal O'Malley e a proteção de menores na Igreja

QUARESMA, O AMOR E A CORRESPONDÊNCIA DO HOMEM

"Hão-de olhar para Aquele que trespassaram" (Jo 19, 37). A Quaresma é tempo propício para aprender a deter-se com  Maria e João, o discípulo predilecto, ao lado d'Aquele que, na Cruz, cumpre pela humanidade inteira o sacrifício da sua vida (cf. Jo 19, 25). Portanto, dirijamos o nosso olhar com participação mais viva, neste tempo de penitência e de oração, para Cristo crucificado que, morrendo no Calvário, nos revelou plenamente o amor de Deus. O amor de Deus: agape e eros A palavra agape, muitas vezes presente no Novo Testamento, indica o amor oblativo de quem procura exclusivamente o bem do próximo; a palavra eros denota, ao contrário, o amor de quem deseja possuir o que lhe falta e anseia pela união com o amado. O amor com o qual Deus nos circunda é sem dúvida agape. De facto, pode o homem dar a Deus algo de bom que Ele já não possua? Tudo o que a criatura humana é e possui é dom divino: é portanto a criatura que tem necessidade de Deus em tudo. Mas o amor de De

Memória da casa dos mortos --Dostoiévski

JOSEPH RATZINGER, A ALEGRIA E O CARNAVAL.

Nestes dias de carnaval, apresentamos uma perfeita reflexão de Joseph Ratzinger.  Sobre a alegria. Mas não a falsa a legria, prometida pelo mundo, principalmente nos dias de carnaval, não. Mas acerca da verdadeira alegria, que é Jesus Cristo. • "Alegrai-vos, mais uma vez vos digo: alegrai-vos " (cfr. Fil 4, 4). A alegria é  fundamental no cristianismo, que é por essência evangelium, "boa nova". No entanto, é neste ponto que o mundo se engana quando abandona a Igreja em nome da alegria, pretendendo que, com todos os seus preceitos e proibições, o cristianismo a arranca ao homem.  Não há dúvida de que a alegria de Cristo não é tão fácil de enxergar como o prazer banal que nasce de qualquer diversão. Mas seria falso traduzir as palavras Alegrai-vos no Senhor por estas outras: "Alegrai-vos, mas no Senhor", como se na segunda frase se quisesse recortar o que se afirmou na primeira. Significa simplesmente "alegrai-vos

A mística dos cinco sentidos e o desafio de enfrentar o nosso analfabetismo emocional

“ Somos analfabetos, precisamos de uma nova gramática”, acrescentou, enfatizando que “Deus é cúmplice de nossa intimidade”. “Nos tornamos emocionalmente analfabetos. Não sei sentir, não sei ser humano, como escreveu Fernando Pessoa “, lamentou. “Não chegou a hora de compreender melhor o que une sentidos e sentido?” https://observatoriodaevangelizacao.wordpress.com/2019/03/02/a-mistica-dos-cinco-sentidos-e-o-desafio-de-nosso-analfabetismo-emocional/?fbclid=IwAR2BaPFYCQi5u2AR5y_WAV85Jr1sTuZlL2wR9RB5iFtJAUjcRd4O9wHUJYw
"Não estamos presos à Roda da Vida. Nós é que a agarramos com força, com as duas mãos. Há uma história que sempre se conta sobre uma forma particular de aprisionar macacos na Índia. Toma-se um coco com um pequeno buraco. Por esse buraco, com tamanho suficiente para passar apenas a mão do macaco, coloca-se um pedaço de doce de coco. O macaco se aproxima, sente o cheiro do doce, coloca a mão no buraco e agarra o doce. Ele fecha a mão para agarrar o doce. e dessa forma não conse gue mais tirar a mão do coco. E então o caçador consegue pegá-lo. Nada prende o macaco ali. Tudo o que ele precisava fazer era abrir a mão e estaria livre para fugir. Ele fica ali preso apenas por desejo e apego, que não o permitem seguir. É dessa forma que a nossa mente funciona. O problema não é o doce de coco. O problema é que não conseguimos soltá-lo. Vocês entendem? O problema não é o que temos ou o que não temos, mas o quanto nos agarramos às coisas. ~ Jetsunma Tenzin Palmo - Reflexos no La