Quem reza nunca deixa o mundo atrás das costas. Se a oração não recolhe as alegrias e as dores, as esperanças e as angústias da humanidade, torna-se uma atividade “decorativa”, uma atitude superficial, teatral, uma atitude intimista»: foi com estas palavras que o papa iniciou hoje a catequese da audiência geral das quartas-feiras, no Vaticano. A meditação de Francisco acentuou que a autêntica oração cristã tem de levar o mundo consigo: «Todos precisamos de interioridade, de nos retirarmos num espaço e num tempo dedicados à nossa relação com Deus. Mas isto não quer dizer evasão da realidade». «Na oração, Deus toma-nos, abençoa-nos, e depois parte-nos e dá-nos para a fome de todos. Cada cristão é chamado a tornar-se, nas mãos de Deus, pão partido e partilhado», frisou. Jesus recomenda, no Evangelho, que, «para escutar melhor a voz de Deus», a pessoa necessita de fechar a porta do seu quarto e nele orar em silêncio, mas deve ter «sempre escancarada a porta do seu coração, uma porta aber